homo innovator sapiens
Sua espécie inova há dois milhões de anos pra você falar que não consegue.
É muito louco pensar que nós conseguimos fazer uma característica nata da espécie virar moda em pleno século XXI. O ser humano inova desde antes de ser humano, praticamente, mas de repente inovar é fazer um aplicativo de celular novo com seus colegas de startup, né meu?! Desse tipo de fenômeno vem todo o meu respeito aos bons marketeiros, que sabem muito bem como ressignificar um rolê comum, mas, também, vem todo o meu ódio pelos que pegam o bonde andando depois e deturpam a porra da palavra toda.
Alheio à polêmica do substantivo ‘inovação’ e suas derivações, penso eu que, alguém que se fecha para o conceito em questão, está jogando contra a própria natureza. Não preciso dizer que a natureza sempre ganha, mas deixo as explicações técnicas nas mãos de quem entende do assunto de verdade.
Com vocês, meu professor diário de inovação, Daniel Alves!
Sou inovador por profissão há 26 anos e a frase “eu não sou inovador” é algo que constantemente ouço de algumas pessoas. Apesar do tempo de estrada, essa frase extremamente definitiva sempre me inquieta. A primeira coisa que vem à cabeça (que às vezes sai em voz alta) é: "amigue*, jamais negue a sua humanidade!" — e falo isso baseado numa realidade de 2,2 milhões de anos apenas. Então, vem comigo numa viagem pelo tempo que prova que você e todos os outros seres humanos já nasceram com a capacidade de inovar. Mais do que isso, vamos nos próximos parágrafos desmistificar o Inovar e o Ser Inovador.
O inovar de forma consciente surgiu antes de nós, o Homo sapiens (500.000 anos A.C.). O pioneiro foi o Homo Habilis (2.200.000 anos A.C.), primata de um metro de altura, braços longos e cérebro duas vezes menor que o nosso, que criou as primeiras ferramentas de corte esculpidas em pedras.
Graças à sua inovação, o Homo Habilis teve uma vida mais fácil e longeva que a dos outros primatas, com uma dieta mais variada e uma maior capacidade de se defender. Parece a descrição de uma vida melhor? Claro que sim. Essa é a definição mais verdadeira de inovação — a capacidade de se superar, fazer o novo e a vida melhor para você, quem você ama, uma colega, seus clientes e a sociedade. E aqui temos uma reflexão importante: inovar é um verbo que representa uma ação consciente e que nos separa das demais espécies (que inovam biologicamente).
Se inovar é nato, o quê diabos faz alguém ser inovador?
Vamos pedir a ajuda do Homo Habilis mais uma vez. Ser o primeiro a inovar não o livrou da extinção, porque as ferramentas de pedra foram basicamente a sua única inovação. Coube a nós, Homo Sapiens, ir além. Fizemos instrumentos de caça, desenvolvemos a agricultura, dominamos o fogo, nos protegemos do frio etc. O resto da história você já sabe, mas o importante é o que nos definiu como espécie dominante neste planeta: a mentalidade e o hábito de inovar.
Este hábito ficou claro para mim ainda na infância, quando eu desmontava brinquedos e videocassetes (!!!) para criar máquinas autorais que eram muito mais divertidas. Se intensificou na adolescência em uma curta, mas produtiva vida de programador. E se firmou como profissão quando descobri que inovar me fazia mais humano! A verdade é que nós (Homo Sapiens) inovamos naturalmente. Nas brincadeiras de criança, na escola, no trabalho, na vida... Então, aos que negam e ainda duvidam, peço que façam um favor a si mesmos e à humanidade: saiam do armário e se assumam como seres inovadores! Afinal, a inovação tem sido, há 2,2 milhões de anos, a melhor fórmula contra o tédio e a extinção.
*amigue: equivalente a "amigo/a", "amigo(a)", "amiga(o)", etc., isto é, "amiga" ou "amigo", sem gênero determinado; forma neutra de se referir a uma pessoa amiga sem especificar sexo – nunca ouviu falar do gênero neutro?!
Victor de volta! :)
E aí, seus tanses! vamos voltar para as cavernas?! risos.
Aterrissando novamente em 2022, o que aconteceu de fato com o conceito de inovação, é que ele ganhou requintes corporativos para criar novas demandas e fazer essas coisas que a gente gosta de fazer no mundo capitalista. De alguma forma, pode ser que você já tenha se sentido um peixe fora d'água quando o assunto é inovação, mas não se preocupe: são apenas palavras difíceis que alguém inventou para se sentir mais inteligente.
Inovar está na essência humana e nós temos uma grande missão de desmistificar esse conceito através de outro recurso natural à nossa espécie — a comunicação.
Falamos diariamente sobre o tema num grupo de whatsapp que contempla:
gente com mais de 20 anos de experiência, como este que vos falou hoje, misturada com gente que tá chegando agora; 🥷+🦆
gente dos vinte e poucos aos sessenta e muitos anos de idade; 👶+👵
gente de seis estados brasileiros (SC, RS, SP, MG, RJ e DF); 🏳️
gente de tudo quanto é profissão que você puder imaginar. 👨⚕️+👩🌾+🧑🏫+👩💻
É uma delícia, eu garanto! Sem áudios, sem bom dia e sem correntes. Só papos abertos sobre temas interessantes que cruzam com a inovação de alguma forma.
Quer trocar ideia com a gente? Entre aqui agora, apresente-se1 ao grupo e já lance uma pergunta2 que nós vamos embalar umas discussões pra quem tá curioso com o tema, mas não sabe por onde começar!
Um abraço,
Victor
para entrar no grupo só tem uma condição: é obrigatório chegar, se apresentar e dar os parabéns à Samantha Schuber. é sério.
quem entrar no grupo hoje, 20/01/22, vai ganhar uma mentoria escrita sobre o desafio que quiser feita por mim, ou por algum tanso do grupo. só hoje. basta entrar que eu te chamo no privado pra combinar :)